Entrevista com Catherine Fisher - Autora de "Incarceron"

Olá pessoal, como vocês devem ter percebido, hoje é dia de entrevista! Eba!

Espero que vocês estejam gostando dessa coluna e que comentem dizendo a opinião de vocês. Hoje a entrevistada é a Catherine Fisher, autora de Incarceron e Círculo Negro, que já foi resenhado aqui no blog. Desejo que vocês gostem da entrevista, que foi superinteressante para mim, e aproveitem para conhecer um pouquinho mais sobre essa autora de sucesso.

Entrevista

 1 - Quem é Catherine Fisher?

Eu sou uma poetiza e escritora de histórias que vive no País de Gales, Reino Unido.

2 - Quais são as dificuldades e os privilégios de ser uma escritora?

As dificuldades são de que você está sempre trabalhando sozinho, que tem de depender muito de seu próprio julgamento, e que você tem que estar constantemente criativo, o que é difícil. No entanto, essas mesmas coisas são também as coisas boas sobre ser um escritor! Por isso só depende de como você se sente sobre isso no dia.

3 - Quando e como você descobriu o dom para a escrita?

Eu comecei a escrever poesia quando eu tinha uns 11 anos e realmente gostei de trabalhar com os sons e a linguagem. Que foi onde tudo começou, apesar de eu não escrever romances até muito mais tarde.

4 - Qual foi sua inspiração para a história de Incarceron?

A ideia de uma prisão, em primeiro lugar, que poderia falar e ser um personagem, e depois a ideia de isso ser pequeno. Todo o livro cresceu nessas ideias iniciais.

5 - Os personagens de Incarceron foram inspirados por pessoas que você conhece? Conte-nos um pouco sobre cada personagem.

Eles não foram inspirados por pessoas que conheço. Eu sempre faço os personagens.

Finn é confuso e vulnerável, ele não sabe qual é a verdade, e ele acha difícil confiar nas pessoas. Claudia é muito segura de si mesma em primeiro lugar, e só gradualmente vem a perceber os problemas do reino e da Prisão. Jared é muito sábio e gentil, Keiro é um verdadeiro bad boy, e Attia é mal-humorada e inteligente. Eles eram toda a diversão de escrever.

6 - Fale um pouco sobre Círculo Negro, seu outro livro, que já foi lançado no Brasil.

Eu escrevi Darkhenge (Círculo Negro) alguns anos atrás, antes de Incarceron. É sobre um irmão e uma irmã, mas a menina, Chloe está em coma e não pode ser acordado.

Rob (o irmão) consegue um emprego em um sítio arqueológico e encontra um estranho, ervilhaca, que diz a Rob que pode leva-lo para onde Chloe é presa no Unworld (Desmundo). A história é um pouco como o mito de Hades e Perséfone em alguns aspectos, e também mistura um pouco da história galesa sobre o grande poeta Taliesin e seu inimigo mágico, a bruxa Ceridwen.

Foi uma história que eu realmente gostei de escrever.

7 - Deixe uma mensagem para todos os leitores do blog que vão ler e que leram seu livro.

Obrigado por ler os meus livros e espero que tenham gostado deles!

Conhecendo melhor Catherine Fisher:

Uma cor: Verde

Um nome: Oberon Venn

Um lugar: País de Gales

Um momento: A primeira vez que você vê o mar a cada verão

Uma música: Runrig - Hearts of Glory Olden.

Um livro: O Senhor dos Anéis

Uma pessoa: Merlin Emrys.

Endereços eletrônicos:
Site Oficial

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Resenha - Círculo Negro

Autor: Catherine Fisher

Editora: Bertrand Brasil

Páginas: 345

Sinopse: Círculo Negro, de Catherine Fisher, traz uma corrida alucinante contra o tempo e contra as forças do mal. E, ao mesmo tempo em que apresenta cenas de misticismo e fantasia, mostra a importância da honestidade dentro do âmbito familiar. Fisher criou uma complexa e instigante história sobre o amor e o ciúme dentro da família. Rob, um jovem artista de considerável talento, vê sua relação entre irmãos desfalecer após o acidente que deixou sua irmã mais nova em coma. Ao buscar uma saída para a situação de desespero, ele decide trabalhar com uma arqueóloga que está fazendo escavações perto de sua casa em Avebury, Inglaterra. E, quando eles encontram um monumento circular de madeira misterioso, mal podem imaginar que suas histórias mudarão para sempre.

Chloe sempre vê seu irmão sendo o centro das atenções, recebendo elogios e se safando de várias broncas, e ela própria sendo colocado em segundo plano, só que ela está cansada disso. Chloe não quer ser mais a irmã caçula de Robbie, sempre vista como a doce, inocente e infantil, ela quer ser ela mesma, ter o controle de sua vida. Só que para ela poder ter isso primeiro ela vai ter que passar por uma grande aventura no Desmundo onde ela vai aprender a perdoar e acima de tudo a usar as palavras.

Durante toda a narrativa de Círculo Negro você se sente em um grande poema sobre perda e rancor. Na leitura desse livro a história não conseguiu me convencer e nem me sensibilizar, faltou algo para dar realidade ao enredo, não dá para conhecer bem os personagens, parece que está faltando informação, você não conhece bem os pais do Rob e da Chloe e nem os outros personagens e o final veio sem emoção, um final previsível e confuso, que não explica nada. A ideia da história é complexa, mas na prática a autora não soube dar explicações convincentes, e a narrativa perdeu muito com isso, uma pena porque a proposta da autora era muito boa. Outro problema no livro, para mim, era a descrição dos lugares ou cenas, a descrição era muito confusa, o que dificultava a visualização da história. Mas com nada é totalmente ruim, a parte que me agradou foi como o Desmundo funcionava e como a chloe refletia suas emoções no cenário, isso foi um ponto positivo, outro ponto positivo é as imagens que a narrativa provoca em você, apesar de muitas serem confusas, as que davam para entender sempre dava aquela sensação de magia e contos mitológicos.

Eu recomendo que vocês troquem esse livro no sebo, peguem emprestado ou comprem em uma super promoção. A história é boa, mas infelizmente a autora não soube dar uma clareza maior ao enredo. 

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